QUANDO UM PAÍS NÃO TEM UMA ELITE DIRIGENTE RESPONSÁVEL - que é o que há de mais qualificado a serviço da sociedade (interesse público) - LAMENTAVELMENTE - é governado por uma minoria, sobretudo por facções, grupos e 'máfias' políticas - a serviço de seus próprios interesses. E TUDO ISSO EM NOME DO RESPEITÁVEL E DISTINTO POVO - SOBERANO ABSOLUTO.
Segundo a concepção revolucionária destrutiva do século passado:
“Assim o requer o movimento social. Que se obteria do povo, amordaçando-o com os princípios de honradez e de justiça? Os homens de bem são fracos e tímidos; só os velhacos são resolutos. A vantagem do povo, nas revoluções, é não ter moral. Quem pode resistir a homens, para quem todos os meios são lícitos? Nem uma só das antigas virtudes nos serviria.
- A religião era a poderosa armadura da família, da moral, da propriedade, da pátria e do Estado.
- Empreendemos a corrupção em larga escala, a corrupção do povo pelo clero e a corrupção do clero por nós; a corrupção que nos levará, um dia, a enterrar a Igreja.
- O regime mais propício ao desenvolvimento da luta de classe é o regime demagógico, igualmente favorável às intrigas da finança e da revolução”.
CONFIRA a seguir por que a política organizada ataca com tanta insistência o que ela denomina de ‘zelite’ e a classe média:
Para sociólogo, população do Sul é "menos arcaica"
Com base em pesquisas, sociólogo revela em livro que quanto maior a escolaridade do brasileiro menor a tolerância a arbitrariedades e à corrupção.
EDUARDO LOREA
É a educação, detectou o sociólogo Alberto Carlos Almeida, que determina o pensamento dos brasileiros sobre questões como direito de presos, uso de cargos públicos em benefício particular e censura. Quanto menos anos nos bancos escolares, mais tolerância a arbitrariedades e corrupção.
A novidade está menos na constatação de Almeida, e mais na maneira como ele a encontrou. A Pesquisa Social Brasileira (Pesb), realizada pelo instituto DataUff e utilizada pelo estudioso, colocou uma amostragem de brasileiros diante de centenas de perguntas.
"Funcionário público receber presente de Natal de uma empresa que ele ajudou a ganhar um contrato do governo é favor, jeitinho ou corrupção?", indagaram os pesquisadores.
Os entrevistados se dividiram: 26% consideraram um favor, 43%, um jeitinho, e 31%, corrupção.
Mas os números mudam muito quando se separa o grupo por níveis de educação. A maioria dos analfabetos classifica o ato como um mero favor (57%), enquanto 72% das pessoas com educação superior o enquadra como corrupção.
Os resultados levam o pesquisador a diagnosticar o país como hierárquico, familista e patrimonialista, tolerante a práticas como o "jeitinho" e até pouco apegado a valores democráticos. Com uma ressalva: esse rótulo é fortemente puxado pelos brasileiros com menos tempo de escola.
- Claramente, a pessoa de escolaridade baixa não compreende essa coisa (tolerância à corrupção) da maneira como a gente a compreende. Por isso, aceita - avalia Almeida, colocando-se no grupo com escolaridade alta.
Para o sociólogo, o país vive uma divisão entre o pensamento arcaico, presente entre quem pouco estudou, e o moderno, presente na elite intelectual. A distinção das respostas se sucede da sexualidade à noção de justiça e está amarrada no livro A Cabeça do Brasileiro.
Isso se reflete na divisão das respostas pelas regiões do país. Como Sul e Sudeste concentram populações com média de anos de estudo superior às de Nordeste, Norte e Centro-Oeste, também estão nelas os maiores contingentes de "modernos". Ainda assim, a rachadura regional é bem mais tênue, e Almeida não acredita que seja significativa a influência da diferença cultural nos resultados. A questão é a educação, e ponto final.
- Eu diria que não. Não há outros fatores de influência. Não é que a Região Sul tenha uma cultura diferente da do Nordeste. A diferença se deve à escolarização maior - insiste.
Outro reflexo do arcaísmo é a ampla aceitação do emprego, ainda que não majoritário, da chamada lei de talião - olho por olho, dente por dente. No Nordeste, 46% acham certo a polícia espancar os presos para eles confessarem crimes. O percentual é de 30% no Sul.
Segundo a concepção revolucionária destrutiva do século passado:
“Assim o requer o movimento social. Que se obteria do povo, amordaçando-o com os princípios de honradez e de justiça? Os homens de bem são fracos e tímidos; só os velhacos são resolutos. A vantagem do povo, nas revoluções, é não ter moral. Quem pode resistir a homens, para quem todos os meios são lícitos? Nem uma só das antigas virtudes nos serviria.
- A religião era a poderosa armadura da família, da moral, da propriedade, da pátria e do Estado.
- Empreendemos a corrupção em larga escala, a corrupção do povo pelo clero e a corrupção do clero por nós; a corrupção que nos levará, um dia, a enterrar a Igreja.
- O regime mais propício ao desenvolvimento da luta de classe é o regime demagógico, igualmente favorável às intrigas da finança e da revolução”.
CONFIRA a seguir por que a política organizada ataca com tanta insistência o que ela denomina de ‘zelite’ e a classe média:
Para sociólogo, população do Sul é "menos arcaica"
Com base em pesquisas, sociólogo revela em livro que quanto maior a escolaridade do brasileiro menor a tolerância a arbitrariedades e à corrupção.
EDUARDO LOREA
É a educação, detectou o sociólogo Alberto Carlos Almeida, que determina o pensamento dos brasileiros sobre questões como direito de presos, uso de cargos públicos em benefício particular e censura. Quanto menos anos nos bancos escolares, mais tolerância a arbitrariedades e corrupção.
A novidade está menos na constatação de Almeida, e mais na maneira como ele a encontrou. A Pesquisa Social Brasileira (Pesb), realizada pelo instituto DataUff e utilizada pelo estudioso, colocou uma amostragem de brasileiros diante de centenas de perguntas.
"Funcionário público receber presente de Natal de uma empresa que ele ajudou a ganhar um contrato do governo é favor, jeitinho ou corrupção?", indagaram os pesquisadores.
Os entrevistados se dividiram: 26% consideraram um favor, 43%, um jeitinho, e 31%, corrupção.
Mas os números mudam muito quando se separa o grupo por níveis de educação. A maioria dos analfabetos classifica o ato como um mero favor (57%), enquanto 72% das pessoas com educação superior o enquadra como corrupção.
Os resultados levam o pesquisador a diagnosticar o país como hierárquico, familista e patrimonialista, tolerante a práticas como o "jeitinho" e até pouco apegado a valores democráticos. Com uma ressalva: esse rótulo é fortemente puxado pelos brasileiros com menos tempo de escola.
- Claramente, a pessoa de escolaridade baixa não compreende essa coisa (tolerância à corrupção) da maneira como a gente a compreende. Por isso, aceita - avalia Almeida, colocando-se no grupo com escolaridade alta.
Para o sociólogo, o país vive uma divisão entre o pensamento arcaico, presente entre quem pouco estudou, e o moderno, presente na elite intelectual. A distinção das respostas se sucede da sexualidade à noção de justiça e está amarrada no livro A Cabeça do Brasileiro.
Isso se reflete na divisão das respostas pelas regiões do país. Como Sul e Sudeste concentram populações com média de anos de estudo superior às de Nordeste, Norte e Centro-Oeste, também estão nelas os maiores contingentes de "modernos". Ainda assim, a rachadura regional é bem mais tênue, e Almeida não acredita que seja significativa a influência da diferença cultural nos resultados. A questão é a educação, e ponto final.
- Eu diria que não. Não há outros fatores de influência. Não é que a Região Sul tenha uma cultura diferente da do Nordeste. A diferença se deve à escolarização maior - insiste.
Outro reflexo do arcaísmo é a ampla aceitação do emprego, ainda que não majoritário, da chamada lei de talião - olho por olho, dente por dente. No Nordeste, 46% acham certo a polícia espancar os presos para eles confessarem crimes. O percentual é de 30% no Sul.
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